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quinta-feira, 7 de novembro de 2013

Amarração da Ignorância




Pergunta: Pai Antonio, o senhor poderia nos tecer algum comentário a respeito dos famosos anúncios de amarrações amorosas utilizando-se do nome e da imagem dos sagrados Orixás. Isso realmente funciona?

Pai Antônio: Meu filho, que Oxóssi venha com sua força despertar as almas ainda enfermiças vitima da ilusão ocasionada pela falta de informação.

Quando falamos a respeito de AMARRAR, logo ligamos o verbo a PRENDER, tomando com base esta informação perguntamos:

Quem é preso realmente esta fazendo algo a mercê de sua vontade?

Infelizmente quando encontramos nos atuais dias ainda filhos e filhas disponde de quantias financeiras para pagarem para obter o amor alheio acreditando que a força divina de um Orixá seja usada para tal feito, nosso coração chora, pois infelizmente vemos a que grau de compreensão se movem algumas mentes humanas.

Quando abordamos a questão da amarração filho, encontramos o que poderíamos chamar de “contra parte” de cada elemento utilizado na mesma para gerar o famoso feitiço, realizado claro não por um sacerdote, Pai ou Mãe do Segredo ou Dirigente, mas sim, por um feiticeiro que tem habilidade na manipulação destas energias.

Levando em conta a lei de afinidade onde semelhante atrai semelhante, percebemos a ligação de tais feiticeiros a legião de espíritos ainda ignorantes em sua evolução, que nestes casos aplicam o vampirismo energético e a manipulação mental sobre o obsedado, mas principalmente aquele que incentiva esta prática.

Quanto a usar o nome de Orixás para representarem amarrações amorosas, é chegar a condição de réprobo perante a espiritualidade filho, pois encontramos em análise feita em alguns filhos que vendem esta força divina a custa de dinheiro para suprir seus caprichos materiais uma total ignorância de desconhecimento do sagrado.

Um Orixá, filho em sua essência divina seria comparado a qualidade pura do Criador, perguntamos filhos quem realmente conhece as qualidades de Deus?

No plano em que se encontram reencarnados neste período de suas vidas, nenhum de vocês, meu filho, conhecem, tendo somente uma leve ideia do que seriam os Orixás, associando-os a lendas ainda somente lidas, mas pouco compreendidas.

A Umbanda tem como meta esclarecer, orientar e direcionar dirigente, médium e simpatizante para alinharem-se ao bom senso, mas enquanto ainda alguns caprichos pessoais forem conduzidos dentro da Umbanda, acreditando-se que Orixás se prestam a favores deste tipo, onde se polui uma cachoeira com comidas, flores e excessos de todos os tipos acreditando que à Senhora do Amor Divino, representada na figura de Oxum, vai lhe prestar alguma facilidade quebrando a regra divina do “a cada um segundo as suas obras” é um ato de insanidade espiritual antes de mais nada.

Usar da roupagem de um Pai ou Sacerdote do segredo como notamos em muitos filhos envolvidos por vaidades pessoais, onde o dom de cada um se traduz pela roupagem externa com cores berrantes, colares e demais itens apelatórios que somente convencem a mente ligada aos cultos exteriores a barganharem com a pureza de um Orixá para adquirirem favores no campo amoroso é um ato de desrespeito com as causas maiores de Cristo, que nos ensinou a “fazer a outrem o que a nós gostaríamos que nos fosse feito”(Matheus 7:12).

Vender e trair um dom divino na vida de um Pai ou Mãe do segredo, filho repercutirá em uma pena consciêncial após a desencarnação do mesmo, sob a lei e a justiça divina.

Buscar a ilusão da ajuda nestes locais liga aquele que assim procedo a classe de espíritos levianos que vivem de mentiras e alimentam as ilusões nos encarnados no desejo de desviá-los de suas evoluções naturais.

Além de eleger-se incapacitado na arte da conquista e apresentando traços de desequilíbrio moral e mental, tais espíritos quando desencarnados vagam na escuridão de suas próprias ilusões.

A Umbanda em seu papel de espiritualizar cada criatura cumpre com o papel de orientar, e orientação sem estudo é como um céu sem estrelas filho, não acontece desta forma.

Na lei de causa e efeito cada um deve compreender o momento do seu carma e saber que Deus o Pai Maior na Umbanda, não dá fardos mais pesados que possamos carregar, nem tão pouco cria penas enganosas. Tais penas são fruto de nossa irresponsabilidade com as nossas próprias vidas e o sofrimento muitas vezes é o adubo para que possamos no solo de nossas evoluções fortalecermos os dons da fé, da resignação, mas acima de tudo da confiança na força soberana de Deus.

Dia virá em que tais práticas não mais surtirão efeito nas mentes invigilantes, filho, até lá cumpre o papel do povo de Umbanda comprometido com a caridade e o bom senso, fazer sua parte que através de atos retos e comprometidos com o todo e não somente com uma causa, façam acontecer a separação do joio do trigo.

Que Oxum, derrame sua cachoeira de luz sobre meus filhos.

Ditado por Pai Antônio das Almas
Canalizado por Géro Maita

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Não haveria luz se não fosse a escuridão...

“Os Espíritos anunciam que chegaram os tempos marcados pela Providência para uma manifestação universal e que, sendo eles os ministros de Deus e os agentes de sua vontade, têm por missão instruir e esclarecer os homens, abrindo uma nova era para a regeneração da Humanidade.”

Allan Kardec.

Liga da Justiça Umbandista

Liga da Justiça Umbandista
O Homem de Bem O verdadeiro homem de bem é o que cumpre a lei de justiça, de amor e de caridade, na sua maior pureza. Se ele interroga a consciência sobre seus próprios atos, a si mesmo perguntará se violou essa lei, se não praticou o mal, se fez todo o bem que podia, se desprezou voluntariamente alguma ocasião de ser útil, se ninguém tem qualquer queixa dele; enfim, se fez a outrem tudo o que desejara lhe fizessem. Deposita fé em Deus, na Sua bondade, na Sua justiça e na Sua sabedoria. Sabe que sem a Sua permissão nada acontece e se Lhe submete à vontade em todas as coisas. Tem fé no futuro, razão por que coloca os bens espirituais acima dos bens temporais. Sabe que todas as vicissitudes da vida, todas as dores, todas as decepções são provas ou expiações e as aceita sem murmurar. Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem esperar paga alguma; retribui o mal com o bem, toma a defesa do fraco contra o forte, e sacrifica sempre seus interesses à justiça. Encontra satisfação nos benefícios que espalha, nos serviços que presta, no fazer ditosos os outros, nas lágrimas que enxuga, nas consolações que prodigaliza aos aflitos. Seu primeiro impulso é para pensar nos outros, antes de pensar em si, é para cuidar dos interesses dos outros antes do seu próprio interesse. O egoísta, ao contrário, calcula os proventos e as perdas decorrentes de toda ação generosa. O homem de bem é bom, humano e benevolente para com todos, sem distinção de raças, nem de crenças, porque em todos os homens vê irmãos seus. Respeita nos outros todas as convicções sinceras e não lança anátema aos que como ele não pensam. Em todas as circunstâncias, toma por guia a caridade, tendo como certo que aquele que prejudica a outrem com palavras malévolas, que fere com o seu orgulho e o seu desprezo a suscetibilidade de alguém, que não recua à idéia de causar um sofrimento, uma contrariedade, ainda que ligeira, quando a pode evitar, falta ao dever de amar o próximo e não merece a clemência do Senhor. Não alimenta ódio, nem rancor, nem desejo de vingança; a exemplo de Jesus, perdoa e esquece as ofensas e só dos benefícios se lembra, por saber que perdoado lhe será conforme houver perdoado. É indulgente para as fraquezas alheias, porque sabe que também necessita de indulgência e tem presente esta sentença do Cristo: "Atire-lhe a primeira pedra aquele que se achar sem pecado." Nunca se compraz em rebuscar os defeitos alheios, nem, ainda, em evidenciá-los. Se a isso se vê obrigado, procura sempre o bem que possa atenuar o mal. Estuda suas próprias imperfeições e trabalha incessantemente em combatê-las. Todos os esforços emprega para poder dizer, no dia seguinte, que alguma coisa traz em si de melhor do que na véspera. Não procura dar valor ao seu espírito, nem aos seus talentos, a expensas de outrem; aproveita, ao revés, todas as ocasiões para fazer ressaltar o que seja proveitoso aos outros. Não se envaidece da sua riqueza, nem de suas vantagens pessoais, por saber que tudo o que lhe foi dado pode ser-lhe tirado. Usa, mas não abusa dos bens que lhe são concedidos, porque sabe que é um depósito de que terá de prestar contas e que o mais prejudicial emprego que lhe pode dar é o de aplicá-lo à satisfação de suas paixões. Se a ordem social colocou sob o seu mando outros homens, trata-os com bondade e benevolência, porque são seus iguais perante Deus; usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para os esmagar com o seu orgulho. Evita tudo quanto lhes possa tornar mais penosa a posição subalterna em que se encontram. O subordinado, de sua parte, compreende os deveres da posição que ocupa e se empenha em cumpri-los conscienciosamente. Finalmente, o homem de bem respeita todos os direitos que aos seus semelhantes dão as leis da Natureza, como quer que sejam respeitados os seus. Não ficam assim enumeradas todas as qualidades que distinguem o homem de bem; mas, aquele que se esforce por possuir as que acabamos de mencionar, no caminho se acha que a todas as demais conduz. Allan Kardec.